Bronquite aguda

Bronquite aguda Causas



A origem da doença costuma corresponder a uma infecção, normalmente viral, mas em alguns casos provocada por bactérias. Por vezes, trata-se de um processo infeccioso que se propaga através das vias respiratórias superiores, sendo a bronquite aguda uma complicação de uma rinite ou faringite. Noutros casos, os microorganismos responsáveis pela infecção brônquica são os causadores de doenças específicas, tais como a gripe, tosse convulsa ou o sarampo, que se manifestam, entre outros sintomas, por uma bronquite aguda. Por fim, em algumas ocasiões, os microorganismos atacam directa e exclusivamente os brônquios.


Neste sentido, são considerados factores de predisposição várias circunstâncias que alteram os mecanismos de defesa, comandados pelo sistema mucociliar: as alterações bruscas de temperatura e a inalação de fumos e gases irritantes.


Por vezes, a bronquite aguda não é provocada por uma infecção, devendo-se directamente a inalação de substâncias tão irritantes que o seu contacto danifica a mucosa brônquica: vapores de amoníaco, cloro, bromo, ácido nítrico, dissolventes orgânicos voláteis, etc.


Em condições normais, os microorganismos e as reduzidas partículas que chegam aos brônquios provenientes do exterior ficam retidos no muco, sendo arrastados até a laringe, graças à coordenada movimentação dos cílios. Qualquer factor que altere este mecanismo defensivo favorecerá o desenvolvimento de uma bronquite aguda.


Manifestações


O sintoma inicial de uma inflamação brônquica aguda corresponde a uma tosse seca e incómoda que se intensifica ao respirar num ambiente frio ou repleto de fumo ou pó. Por vezes, a tosse é precedida por manifestações próprias de uma inflamação das vias respiratórias superiores, tais como secreções nasais ou dor de garganta, mas quando a inflamação atinge apenas os brônquios constitui o sintoma que evidencia o desenvolvimento da doença.


A irritação da mucosa costuma provocar um aumento das secreções brônquicas, o que ao fim de dois ou três dias do início do problema acaba por gerar a tosse produtiva, ou seja, uma tosse acompanhada por expectoração. Inicialmente, esta expectoração é transparente; depois, torna-se amarelada ou esverdeada, o que sugere tratar-se de uma infecção, na medida em que as secreções apresentam abundantes restos de glóbulos brancos, que se deslocaram para a zona com o objectivo de combater os micróbios e os restos destes.


Normalmente, e à semelhança de todos os processos infecciosos, também provoca febre, mas o aumento da temperatura corporal costuma ser moderado. Por vezes, a irritação brônquica é tão intensa que provoca dores no peito, sobretudo atrás do esterno. A mucosa pode estar tão inflamada e o interior dos canais tão ocupados por secreções que surge uma sensação de angústia ou falta de ar ao respirar, o que se conhece como dispneia.


Regra geral, caso a evolução seja favorável, os problemas desaparecem ao fim de dez a quinze dias, embora possam persistir ao longo de mais de uma semana um estado de mal-estar geral, tosse irritante seca, já pouco intensa, e um certo grau de dificuldade respiratória, sobretudo quando o paciente realiza esforços.


Tratamento


O tratamento baseia-se na adopção de uma série de medidas, por vezes complementadas com a administração de determinados medicamentos, com vista a atenuar os sinais e sintomas incómodos. Na realidade, apenas se costuma recorrer à prescrição de antibióticos, normalmente, quando se identifica uma bactéria patogénica responsável ou quando se considera que existem riscos de complicações: por exemplo, se o paciente for um idoso ou estiver debilitado por outra doença.


Para atenuar a tosse seca, muito incómoda e completamente inútil pode-se recorrer à administração de medicamentos antitússicos específicos. Contudo, estes fármacos não devem ser utilizados quando existe tosse produtiva, ou seja, caso exista expectoração, porque nesse caso a tosse extremamente útil para eliminar as secreções produzidas em quantidades significativas pela mucosa brônquica inflamada. De modo a facilitar a expulsão de expectoração, podem ser utilizados medicamentos fluidificantes e expectorantes ou recorrer-se às inalações de vapor de água.

Fonte: Medipédia

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