"A campanha "Solidários até à medula" foi lançada em Leiria, com o objectivo de atingir num só dia - 22 de Novembro - mais de mil potenciais dadores de medula óssea. A Região Centro é a que menos dadores tem no país.
"A zona Centro do país é a que tem menos potenciais dadores de medula óssea registados e queremos contribuir para alterar esse número, atingindo mais de mil registos num dia", explicou, à agência Lusa, Carlos Conceição, o administrador de quatro empresas do Grupo Lena que estão a promover a iniciativa, em parceria com a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL).
Carlos Conceição afirmou que esta é mais uma acção de responsabilidade social das empresas que administra, mas admitiu que tem um significado diferente, sobretudo porque se prende com questões de saúde.
"Todos somos potenciais dadores, mas também podemos ser potenciais receptores", sublinhou o responsável.
Até 22 de Novembro, vai ser de-senvolvida a campanha "Solidários até à medula", com o objectivo de sensibilizar a população para o aumento do número de registos de potenciais dadores no banco de dados do Centro de Histocompatibilidade da zona Centro. Uma prova de karting, com os lucros a reverterem para a APCL, um seminário sobre a campanha e um concerto estão entre as iniciativas previstas, culminando com o registo de potenciais dadores de medula óssea, no quartel dos Bombeiros Municipais de Leiria.
Segundo os dados do CEDACE - Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão, divulgados pela organização, estão inscritos 15 519 dadores na Região Centro, enquanto no Norte esse número é de cerca de 48 mil e no Sul ultrapassa os 64 mil.
O fundador e actual vogal da Associação Portuguesa Contra a Leucemia, Duarte Lima, reconheceu o "desequilíbrio" do país ao nível dos dadores, destacando "a necessidade de haver uma distribuição homogénea", dada "a grande diversidade do ponto de vista genético da população". Duarte Lima, ex-deputado do PSD, disse ainda ser importante haver mais homens como potenciais dadores.
"Tem a ver com a própria genética. Quando há um transplante, podem suceder-se fenómenos colaterais, como a rejeição, que acontecem menos quando o dador é um homem", explicou o responsável, que deseja ainda ver aumentado o número de jovens no registo nacional."
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