Nova descoberta abre as portas ao tratamento específico do herpes

"Investigadores portugueses descobriram que o grau de severidade de uma infecção provocada por um vírus herpes depende de uma pequena região proteica viral que é reconhecida especificamente pelo sistema imunitário dos indivíduos infectados.

"Os resultados têm relevância médica porque, ao indentificar-se a região viral reconhecida pelas células T do sistema imunitário dos indivíduos infectados, é possível adaptar o tratamento caso a caso", garantiu João Pedro Simas, principal autor do estudo.
O trabalho, realizado na Unidade de Patogénese Viral do Instituto de Medicina Molecular (IMI) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, pode ser lido a partir de hoje na edição online da revista norte-americana PLoS Pathogens.
Embora feita num modelo animal, neste caso em ratinhos, a investigação "constitui uma importante prova de conceito para a sua possível aplicação em seres humanos". O que o trabalho tem de inédito "é ter descoberto que a carga viral presente nos indivíduos infectados está dependente da forma como cada indivíduo reconhece uma pequena região proteica do vírus", explicou o investigador. É que, apesar dessa região influenciar de forma determinante a carga viral dos indivíduos infectados, é reconhecida de forma diferente de pessoa para pessoa.
"Há pessoas que vêem essa porção do vírus de forma mais eficiente e por isso têm uma carga viral mais baixa, enquanto outras a vêem pior e consequentemente a sua carga viral é mais elevada" - afirmou João Pedro Simas, que se doutorou em Patogénese Viral na Universidade de Cambridge (1994), no Reino Unido, e fez pós-doutoramento na mesma área."
Artigo original em Ciência Hoje

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