Pais de Sofia lançam apelo a dador de medula

É a primeira filha de Margarida Domingos e Francisco Fonseca, ambos de 36 anos e residentes em Condeixa. Sofia fez ontem sete meses, no mesmo dia em que iniciou em Coimbra a quimioterapia na luta contra a leucemia mieloide crónica, detectada na passada segunda-feira. Mas, o transplante de medula óssea é inevitável, dizem os médicos, por isso os pais lançaram um alerta em busca de um dador compatível, sendo certo que no meio familiar não reside a solução para a Sofia.


Ainda é tudo muito recente, mas Margarida, engenheira agrónoma, e Francisco, operador de telecomunicações, apenas têm uma certeza: lutar até à exaustão para conseguir devolver a saúde à sua menina, que até ao final da semana passada aparentava ser uma bebé de perfeita saúde.

Sofia começou com febre e, na sexta-feira, começou a vomitar. Para os pais poderia tratar-se de uma crise relacionada com os primeiros dentinhos, no entanto, sábado a bebé não melhorava e Margarida Domingos entrou em contacto com a Linha Saúde 24, que a aconselhou a seguir, imediatamente, para o Hospital Pediátrico de Coimbra. A família assim fez e os médicos que a assistiram acharam a barriga «muito dilatada», pelo que a Sofia não voltou a sair do hospital, até que segunda-feira chegou a notícia que nenhum pai, nenhuma mãe espera ouvir.

De acordo com os especialistas, a leucemia mieloide crónica é uma doença muito rara em crianças, atingindo quase sempre adultos acima dos 40 anos. Assim que foi comunicado o diagnóstico aos pais, os médicos, adiantou a mãe, indicaram que a Sofia teria uma «grande batalha» pela frente, especialmente porque é ainda uma criança de meses, em que as defesas ainda não estão consolidadas. Seja como for, Margarida Domingos é uma mulher «com muita fé», que, ao apelar aos cidadãos que façam a sua inscrição para possíveis dadores de medula, pensa também nos outros pais e outras famílias que, nesta altura, estão a passar pelo mesmo «drama».

A família está a organizar uma campanha especial de recolha, mas até lá, todas as pessoas saudáveis, entre os 18 e 45 anos, que queiram tentar ajudar a salvar a Sofia ou milhares de pessoas um pouco por todo o mundo devem dirigir-se ao Centro de Histocompatibilidade do Centro, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
 
Artigo original em: Diário de Coimbra

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