E se dar sangue fizesse parte das praxes universitárias?

O novo presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), Álvaro Beleza, quer instituir a praxe de doação de sangue nas universidades.

Álvaro Beleza disse à Lusa que vai propor às universidades do país a criação de uma «praxe de iniciação» de doação de sangue para motivar as camadas jovens a doar, porque os dadores estão a envelhecer.

O médico lamenta que a idade média dos dadores de sangue ronde os 50 anos e dá como bom exemplo a Associação de Dadores de Arraiolos, no Alentejo, onde 10 por cento da população doa sangue anualmente e onde aos 18 anos os jovens o fazem como uma espécie de ritual de iniciação à idade adulta.

De acordo com o que o médico declarou à Lusa, o IPS colhe todos os anos cerca de 250 mil unidades de sangue (60 por cento) e os hospitais portugueses cerca de 150 mil unidades, mas o presidente quer que o instituto processe 80 por cento do sangue colhido.

Embora as reservas de sangue nacionais estejam consideradas satisfatórias, o consumo de sangue tem vindo a crescer. Álvaro Beleza relembra ainda que a dádiva de sangue funciona para o dador como uma espécie de «check up» anual.

O sistema de sangue português é um dos mais auditados no sector da saúde e também um dos dez melhores do mundo, refere o médico, sublinhando que existem vários protocolos de investigação com grandes laboratórios mundiais.

Sobre a polémica da doação de sangue por homossexuais, Álvaro Beleza refere que o assunto é uma «não questão», e diz que o importante nas dádivas é que os dadores tenham uma vida sexual «estável» e «com apenas um parceiro».

Artigo em TVI24.iol.pt

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